Quando o Santos foi proibido de contratar e só conseguiu graças a Soteldo
A crise financeira do Santos Futebol Clube nos últimos anos teve como auge o Transfer Ban imposto pela FIFA, por conta de uma dívida com o Huachipato, do Chile, pela compra de Yeferson Soteldo. No entanto, foi com a venda do próprio atleta que a liberação da restrição foi feita. Em 2021, o Peixe vendeu o venezuelano para o Toronto FC, da MLS, e voltou a poder contratar novamente.
O alvinegro praiano repassou sua parte na venda para o time chileno e pagou US$ 500 mil para sanar a dívida. Além disso, os empresários não receberam comissão pela venda e o jogador abriu mão de seus pagamentos devidos pela rescisão do contrato. Também ficou acertado que o Santos teria direito a 12,5% de uma venda futura do atleta, cláusula que acabou sendo ativada após sua venda para o Tigres, do México.
“Foi uma proposta que o Huachipato também aceitou e, principalmente, que o atleta queria. Não podíamos segurar o Soteldo, diante desse cenário. Na verdade, o Santos comprou, mas nunca pagou”, disse o presidente do clube, Andres Rueda, após a venda de Soteldo.
“Com este Transfer Ban resolvido, abrimos uma janela para podermos considerar a contratações pontuais, dentro da responsabilidade financeira que assumimos no Clube, de atletas para encorpar o elenco, dada a participação em muitas competições de forma simultânea”, destacou Andres.
“Temos de agradecer ao Soteldo por esse período no Santos, que tanto nos trouxe alegrias e por sua combatividade em campo. Certamente gostaríamos que ficasse mais e fizesse história com a nossa camisa. Desejamos sorte em seu novo clube”, finalizou.
Hoje, o Santos já realiza investimentos significativos no elenco e também conta com o próprio Soteldo no clube, que está atuando por empréstimo do Tigres. Segundo Rueda, a tendência é que as finanças do Peixe se flexibilizem ainda mais nos próximos anos, o que resulta em um poder de investimento maior em contratações.